Apesar do segmento automobilístico estar sempre em destaque, a indústria naval possui uma grande importância para o país e o mundo.

Estando presente desde os tempos coloniais até os dias atuais, ela apresenta um papel importante na economia, seja para o transporte de carga ou passageiros.

No artigo de hoje falaremos sobre a história da indústria naval e sua relevância para os processos econômicos e a movimentação do mercado. Boa leitura e aproveite!

 

História da indústria naval

A história da indústria naval remonta a aproximadamente 60 mil anos atrás, com embarcações conhecidas como jangadas, na Nova Guiné. Na Europa, os primeiros barcos de madeira surgiram a cerca de 9 mil anos atrás.

O Egito e Mesopotâmia já utilizavam barcos a vela em 3.500 A.C..  Os maiores navios da época foram desenvolvidos pela Roma Imperial, com capacidade para transportar 1.000 toneladas.

Um dos navios mais famosos da antiguidade era o Syrakosia da Alexandria, que possuía três mastros com aproximadamente 70 metros de comprimento.

Apesar de serem desenvolvidos de forma quase artesanal, os navios avançaram durante os séculos, sendo parte fundamental para as cruzadas e viagens para exploração marítima.

O primeiro navio a vapor foi desenvolvido pelo americano Robert Fulton, que era fabricado com casco de madeira e remos. Em 1830, diversos inventores como Joseph Russel, John Patch e Francis Pettit Smith desenvolveram as hélices para mover os navios.

Por 150 anos, os navios a vapor ou combustão eram utilizados como alternativas aos navios a vela.

 

A história da indústria naval no Brasil

No Brasil, a indústria naval teve início logo após a colonização dos portugueses, quando foram construídos estaleiros para construção de novos navios e reparos dos já existentes.

Além da posição geográfica favorável do Brasil, a abundância de maneira de boa qualidade impulsionou a indústria naval.

Em 1531 foram fabricados no Rio de Janeiro os primeiros navios estilo europeu. Já em 1549, Thomé de Souza trouxe de Portugal diversos especialistas na fabricação de navios para atuarem no Brasil, incluindo na produção navios de guerra.

O primeiro estaleiro oficial do Brasil foi fundado na Bahia em finais do século XVI, sendo denominado Ribeira das Naus. Esse foi o marco da indústria naval no país, uma vez que os padrões de fabricação foram estabelecidos pela Junta das Fábricas da Ribeira, estaleiro de Lisboa.

Com a padronização, a produção de navios ficou mais fácil e pode ser expandida para diversos tipos de embarcações. Os padrões de Lisboa prevaleceram no Brasil até meados do século XIX.

Em 1666, a Ilha do Governador recebe a Fábrica de Fragatas, onde foi construído o maior navio do mundo na época, chamado nau Padre Eterno.

Logo a indústria naval no Brasil se expandiu rapidamente, incluindo a implantação de estaleiros particulares. Em 1793 é criado o Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro, presente até hoje. Outros arsenais da Marinha foram instituídos em Belém e Recife.

Em 1840, o Arsenal do Rio continua em amplo crescimento, implantando oficinas e admitindo os primeiros brasileiros para cursar formalmente Engenharia Naval na Europa.

O primeiro navio movido a hélice foi criado em 1852, o primeiro encouraçado em 1865 e o primeiro todo em metal em 1883.

Os maiores desafios da indústria naval no Brasil nessa época foi a construção de submarinos da classe Tupi, cujo projeto era alemão. Com o desenvolvimento dessas embarcações no Arsenal da Marinha, o Brasil foi um dos poucos países a construir submarinos.

Até 1979, a indústria naval se manteve em ascensão, até que houve uma grave crise do setor que se manteve por longos anos. A descoberta do pré-sal serviu como um reinício do ciclo da indústria naval no país.

 

A importância da indústria naval para o Brasil

Atualmente, a indústria naval no Brasil gera mais de 60 mil empregos, onde mais de 25 mil empregados estão alocados nos estaleiros do Rio de Janeiro.

A construção naval no país já é considerada estratégica e de grande importância para a economia. Com ela, o Brasil aumenta sua capacidade de construção de navios utilizados no transporte de carga para diversas regiões do país.

Outro fator positivo da indústria naval é a construção de navios petroleiros e plataformas para a produção de petróleo em alto mar, além de comboios de empurradores e barcaças para o transporte fluvial.

Assim como a indústria automotiva, a indústria naval também é uma grande geradora de empregos, podendo contribuir para o desenvolvimento de diversas regiões, além de fomentar outras indústrias fornecedoras para estaleiros.

Para a construção de navios são necessários diversos produtos como aço, tubulações, vedações em borracha, sistema eletrônicos, dentre outros.

Assim, ela consegue gerar um ciclo de produtividade que atinge diversos outros segmentos empresariais, direta ou indiretamente.

Outra vantagem da indústria naval é a qualificação de profissionais especializados, valorizando o capital humano para atender diversas necessidades exigidas para a produção de petróleo em alto mar.

Existem políticas estabelecidas pelo Governo Federal para a implantação de uma indústria naval com capacidade de atender uma boa parcela das demandas de navios e plataformas para a produção de petróleo.

Essas políticas são essenciais para a economia, gerando mais empregos, profissionais especializados e novas oportunidades de trabalho, incluindo a implantação de empresas estrangeiras que atuam na indústria naval.

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Até a próxima!